Mais um pitaco da blogueira: pode ser prático em termos de custos de produção, mas o resultado não fica muito legal, vide Piratas do Caribe, que tem dois filmes muito bons, para descer a ladeira no terceiro. Uma pena, porque a história é bem bacana.
Avatar, que na época do lançamento me rendeu um estimulante debate com muitos leitores do blog (eles adoraram o filme e eu nem tanto assim) é a produção de maior bilheteria de todos os tempos na história do cinema, tendo faturado cerca de 2,8 bilhões de dólares ao redor do mundo. Ao menos, detém o recorde contemporâneo, sem levar em conta a inflação e outras variáveis que sempre entram nos cálculos de quem adora fazer ranking disso e daquilo.
Também é o filme em Blu-ray mais vendido até hoje. A produção ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor Diretor; foi indicado a nove categorias do Oscar, inclusive o de Melhor Filme e Melhor Diretor. Mas, só levou mesmo as estatuetas de Direção de Arte, Efeitos Visuais e Fotografia. De fato, o filme é um primor de tecnologia, um divisor de águas para o cinema 3D e lógico, deu sua contribuição ao modo de fazer cinema no século XXI e só por isso já deixou sua marca. Mas continuo achando o roteiro prevísivel e fraco. Um filme porém, antes que alguém grite, é mais que roteiro. Embora para mim não faça muito sentido uma técnica excelente para contar uma história ruim.
Para realizar o primeiro Avatar, Cameron, que também é o autor da história, demorou 15 anos da concepção do projeto até a chegada do filme aos cinemas. Segundo ele porque na época em que teve a ideia, não existia tecnologia suficiente para criar o mundo que idealizou na lua de Pandora.
Titanic era o recordista em bilheteria até ser desbancado por Avatar. Essa medição, porém, sempre dá polêmica. Levando em conta a inflação dos últimos 70 anos até maio de 2009, por exemplo, em medição realizada pela Revista SuperInteressante, o filme E o vento levou, de 1938, seria o mais visto da história.O cálculo de Avatar leva em conta todas as bilheterias mundiais com a moeda de hoje, afinal o filme é recente. E o vento levou, com a atualização da inflação até maio de 2009, teria faturado US$ 1,455 bilhão. Como ninguém refez o cálculo até os dias atuais (estamos em outubro de 2010), não dá para saber se o clássico antigo desbancaria o clássico moderno. Quem gostar de matemática que se habilite.
Foi com Titanic também que James Cameron alcançou o estrelado como diretor de blockbusters, tendo também a fama de produzir filmes caríssimos e que faturam verdadeiras fortunas. Com Titanic, ele também elevou aos píncaros da glória os atores Leonardo Di Caprio e Kate Winslet.